No monte Tabor
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Sexta-feira | 15 de Março de 2019
No monte Tabor

PALAVRA- Naquele tempo:28bJesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar. 29Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante.
30Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. 31Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém. 32Pedro e os companheiros estavam com muito sono.
Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele.
33E quando estes homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus: ‘Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.’ Pedro não sabia o que estava dizendo. 34Ele estava ainda falando, quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra. Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem. 35Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: ‘Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!’ 36Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho. Os discípulos ficaram calados e naqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto. Palavra da Salvação. Glória, a Vós, Senhor!
MENSAGEM - Estamos no 2º domingo da Quaresma. A Liturgia nos convida a subir o Monte Tabor para fortalecer a nossa fé em nossa caminhada quaresmal. A Quaresma é o caminho de nossa transfiguração em Cristo. O Tabor é uma parada que Jesus faz em sua caminhada para o Calvário. É o lugar onde Deus reanima seus amigos e lhes dá as forças necessárias para chegar também eles à cruz.
As leituras apresentam pistas para a nossa “TRANSFIGURAÇÃO”. A 1ª Leitura nos fala da FÉ DE ABRAÃO, (Gn 15,5-12.17-18). Abraão é um modelo de fé: confia totalmente em Deus, aceita os planos de Deus e se põe a serviço deles. Na 2a leitura, PAULO mostra sua FÉ na transfiguração, apesar do que via e condenava na comunidade: “Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorificado”. (Fl 3,17-4,1) A nossa transfiguração e a transformação do mundo atual exigem um processo contínuo de conversão. O Evangelho apresenta a FÉ DOS APÓSTOLOS, fortalecida na MONTANHA pela Transfiguração de Jesus. (Lc 9,28b-36) Jesus está a caminho de Jerusalém com os Apóstolos. O 1o anúncio da PAIXÃO provoca neles uma crise profunda... Desmoronam as esperanças messiânicas, impregnadas de triunfalismo... Os Apóstolos, decepcionados, entram numa profunda crise. Para reanimar a fé abalada deles, Jesus... recorre à oração, na MONTANHA, lugar sagrado por excelência, onde Deus se revela ao homem e lhe apresenta seus projetos. Se transfigura: Todo encontro autêntico com Deus deixa marcas visíveis no rosto das pessoas, como em Moisés ao descer do Sinai; Uma Voz confirma: “Este é o meu filho amado, escutai-o”. Ao descer do monte, uma nova energia inundaria a sua pessoa e o coração dos apóstolos, para continuar a marcha para Jerusalém, onde seria crucificado... PORMENORES significativos do evangelho de Lucas: O Motivo da ida à Montanha: “Ele vai lá para orar...” O rosto deixa transparecer a presença de Deus durante a Oração. Aparecem Moisés e Elias que falam sobre o que encontrará em Jerusalém. Representam a Lei e os Profetas: o Antigo Testamento... Os três discípulos dormem, quando Jesus fala de doação da própria vida... As três Tendas: Pedro deseja permanecer contemplando o transfigurado. Jesus convida a descer o monte e prosseguir a caminhada... Não podemos nos acomodar em nossa tenda; precisamos SAIR, agir e enfrentar os conflitos da caminhada. Da nuvem sai uma VOZ: “Este é meu Filho, ESCUTAI-O”. No fim, “Jesus ficou sozinho”: Moisés e Elias desaparecem... O Antigo Testamento já cumpriu sua tarefa. OS TRÊS DISCÍPULOS: partilham a experiência da transfiguração, mas recusam-se a aceitar que o triunfo de Cristo passe pelo sofrimento e pela cruz; testemunham a transfiguração, mas parecem não ter muita vontade de descer à terra e enfrentar o mundo e os problemas dos homens; representam os que vivem de olhos postos no céu, mas alheados da realidade do mundo, sem vontade de intervir para o renovar e transformar. Agentes da transfiguração: Nós, como os apóstolos, deparamos com a cruz... E a primeira reação costuma ser a mesma: fugir dela. Aceitamos com alegria o Tabor... mas temos dificuldade em aceitar o Calvário. Nesses momentos, para reanimar a nossa fé, Deus continua “inventando” também para nós um Tabor, dando-nos uma pequena amostra de sua beleza e de sua glória. Contudo é bom lembrar que, o Tabor foi apenas uma parada que Jesus fez em seu caminho para o Calvário. Também para nós, o Tabor continua sendo uma situação transitória, para que sejamos testemunhas vivas do que nos espera... O Nosso Tabor... A transfiguração aconteceu oito dias após o anúncio da Paixão... Para os cristãos, o 8º Dia é o “Dia do Senhor”, no qual a comunidade se reúne para escutar a Palavra e para partir o Pão. Todos os domingos, devemos SUBIR a Montanha para CONTEMPLAR o Cristo transfigurado (ressuscitado) e ESCUTAR a sua voz. E depois, transfigurados, DESCER a Montanha (sair da igreja) para prosseguir a nossa caminhada como agentes da transfiguração, dispostos a enfrentar o mundo e os seus problemas... O que fazemos no DOMINGO? SUBIMOS a Montanha... para contemplar esse Rosto... para escutar essa Voz? e depois DESCEMOS reanimados para prosseguir a nossa caminhada? A nossa fé na transfiguração nos deve levar a transfigurar todo o nosso ser e transformar o mundo que nos rodeia. A humanidade se transforma e renasce quando escuta a Palavra do Pai em seu Filho e a põe em prática. Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 17.03.2019

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