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Terça-feira | 09 de Outubro de 2018
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REINALDO A reeleição do governador (PSDB) pode ocorrer ainda no primeiro turno com base nas pesquisas. Mostrou as obras na capital e no interior, além de sobreviver sem perdas eleitorais ao episódio das prisões feitas pela Polícia Federal. A musculatura política dele e a força de seu grupo surpreenderam e inibiram o discurso dos adversários que se imaginava mais contundente.

JUIZ ODILON Ao longo da campanha seu desempenho ficou abaixo daquela figura maiúscula que pairava no imaginário popular pelo exercício do cargo. Não conseguiu impor um estilo forte no horário eleitoral e sua produção de estúdio deixou a desejar. Associando suas expressões faciais e gestuais ao tom do discurso repetitivo não atraiu o encanto do eleitor. Como candidato com a marca da oposição, faltou-lhe indignação e acabou desgastado pela tal denúncia de seu parente, ex-funcionário na Justiça Federal.

JR. MOCHI Dificuldades em convencer com seu discurso que lembrava o seu líder preso – ex-governador Puccinelli - também do MDB. Como pregar um novo tempo, um novo estilo, sem se referir as ações de seu partido marcado por denúncias de corrupção nas ações administrativas? A proximidade de Jr. Mochi – como presidente do Legislativo Estadual – ao Governo Estadual acabou prejudicando-o. Pode pagar caro com essa ousadia e fidelidade ao ‘italiano’.

SENADO Tivesse revertido sua situação bem antes, o ex-senador Delcídio do Amaral (PTC) teria grandes chances de vitória. Mas seu crescimento nas pesquisas surpreendeu, a exemplo de Soraya Thronicke (PSL) que com um discurso forte contra a corrupção superou nomes já conhecidos. Quanto a disputa da segunda vaga está entre Zeca do PT e Moka (MDB).

E AGORA? Impetrar recurso extraordinário ao STF é um dos remédios prováveis de Alcides Bernal (PP) contra a decisão do TSE em barrar sua candidatura à Cãmara Federal. Afinal ele já concorreu em duas eleições nas condições atuais e que o fato se repetiu com a ex presidente Dilma (PT) que mesmo ‘impichada’ é candidata ao Senado Federal. Novos capítulos virão.

REGISTRO Nas eleições presidenciais desde 1989 nunca houve a ‘virada. O segundo turno acabou tendo como vencedor quem já liderava ainda no 1º turno. E mais: Vencedores das cinco disputas de segundo turno foram previstos acertadamente logo na primeira pesquisa após as votações do 1º turno. Claro que neste ano temos um cenário atípico que pode sofrer influências diversas na reta final.

O RETROVISOR mostra lições nem sempre aprendidas. Os partidos do chamado centro se dividiram e não conseguiram encantar o eleitor. Foi o que ocorreu em 1989: o centro se dividiu nas candidaturas de Aureliano Chaves (PFL), Ulysses Guimarães (PMDB), Mario Covas (PSDB) e Afif Domingos (PL), enquanto Collor de Mello (PRN) era visto com ‘rabo de olho’ por eles e que acabou vencendo Lula (PT), candidato da esquerda.

OS CANDIDATOS Álvaro Dias ( Podemos), João Amoedo (Novo), cabo Daciolo (Patriota), Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB) não encantaram o eleitor. Com isso perderam votos para Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). O PT ficou dependente de Lula e assumiu a ‘exclusividade’ de representar a esquerda, perdendo votos para Ciro Gomes e Marina Silva (ex-PT) e Vera Lúcia (PSTU) expulsa do PT.

MANCADA A demonstração de desespero dos partidos alinhados ao socialismo ficou patente naquele manifesto do ex-presidente Fernando H. Cardoso (PSDB). O sociólogo perdeu uma grande chance de ficar calado e descambou num proselitismo sem fim para tentar defender o indefensável. Praticou o nhenhénhém que combateu no poder. Ora! O Brasil precisa virar a página, colocando tanto Fernando Henrique como o ex-presidente Lula (PT) no passado, sem volta.

INÉDITO Por culpa de alguns segmentos do PT e Cia, de artistas e intelectuais que atravessaram o sinal inclusive na internet, com a discussão de temas ligados à moral sexualidade e valores da família, a campanha eleitoral para o Planalto desviou-se do rumo das propostas sociais e econômicas. |Assim conseguiu-se unir católicos e evangélicos numa cruzada moralista, somando-se aos questionamentos relativos a corrupção nos dois governos petistas.

AS PESQUISAS tem mostrado a evolução do candidato Bolsonaro que vem atraindo antecipadamente eleitores de Marina Silva, Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles, Álvaro Dias, João Amoedo, cabo Daciolo e pasmem – de eleitores que no passado votaram em Lula e Dilma. Aliás, conversando nesta semana com a senadora Katia Abreu ( PDT) vice de Ciro Gomes – ela admitiu que seu partido ficou espremido entre o discurso moralista de Bolsonaro e o discurso de Haddad prometendo a volta do passado dos tempos de Lula.

DONALD TRUMP É oportuno estabelecer a comparação em alguns pontos entre a candidatura do Republicano – tida antes como mero blefe contra Hilary Clinton do partido Democrata. Tal como nos ‘States’, aqui Bolsonaro não era levado a sério pela maioria dos jornalistas dos grandes veículos de comunicação, notadamente da Rede Globo e Folha de São Paulo. Os discursos equivocados dos outros postulantes e o atentado contra o candidato do PSL acabaram fortalecendo a sua candidatura, a ponto de questionar as chances dele vencer já no primeiro turno.

MÉRITOS Com todos seus defeitos e equívocos na abordagem de alguns temas, o candidato Bolsonaro leva a grande vantagem de falar exatamente o que a grande maioria do povo brasileiro quer ouvir em tempos de corrupção e crise moral. Ele não usa de metáforas e nem acaricia as palavras. Com isso representa o sentimento de indignação do cidadão, tocando o dedo nas feridas. Evidente que comete excessos mas que não tira o seu mérito de combater o sistema podre que aí está.

PT PELADO A situação do PT parece de alguma forma com o MDB aqui no Estado que falou em defender o ‘legado o ex-governador André Puccinelli’. Progresso (obras) com corrupção? As delações mostraram o esquema nos governos Lula e Dilma Roussef (PT) num desvio fabuloso de dinheiro para o partido, dirigentes e gente próxima. A prisão dos medalhões do PT mostrou a cara verdadeira do petismo. A delação recente do ex ministro Antonio Pallocci (PT) foi o tiro de misericórdia na imagem do PT.

LAVA JATO Um dia os brasileiros irão reconhecer os benefícios que ela trouxe ao país no combate da corrupção. Ela deixará um legado positivo que servirá de alerta para os políticos com tendências a levar vantagem na administração pública. Claro que não impedirá a ação de todos os espertos, mas a prisão de gente tida antes como intocável, servirá de aviso. Aqui em Mato Grosso do Sul – por exemplo - pouca gente admitia que o ex-governador Puccinelli (MDB) acabaria em cana – e assim por diante.

RENOVAÇÃO? Difícil, a começar pelas Assembleias Legislativas onde o índice de candidaturas a reeleição passa dos 8º%. O Rio de Janeiro tem o menor índice de postulantes a reeleição; 65.52% e o Amapá com 95,83% lidera o bloco da reeleição. Outra notícia interessante é que essas novas vagas tendem a ser ocupadas por pastores evangélicos, policiais de linha dura ou aqueles parentes de políticos tradicionais.

EXPLICANDO: Os votos nulos e brancos não são contabilizados como válidos e não são incluídos no resultado final das eleições. O artigo 224 do Código Eleitoral quando fala em nova eleição refere-se no caso de fraude nas eleições, por exemplo, na eventual cassação de candidato eleito – tendo obtido mais da metade dos votos e depois condenado por compra de votos. Basta apenas um voto válido para derrotar qualquer número superior de votos brancos ou nulos.

E MAIS... os votos brancos, ao contrário do que se propaga na internet, não são direcionados ao candidato que está à frente na votação. Confunde-se com o que rezava o antigo Código Eleitoral de 1965 que mandava contabilizar os votos em brancos para efeito do quociente eleitoral. A manobra visava elevar o quociente eleitoral, dificultando assim as legendas menores de alcançar o índice.

AINDA... A questão da abstenção é uma lenda que sobrevive por ignorância do eleitor e notícias infundadas. Na verdade a abstenção na votação não provoca a realização de um novo pleito. A ausência dos eleitores é um direito que perdem assim a chance de escolher seus representantes democraticamente. No arremate lembro que a primeira opção do eleitor neste domingo será para deputado federal, depois deputado estadual, senador 1 , senador 2, governador e por último presidente da República.

BAÚ FORENSE A Comarca de Dourados foi criada em pelo Decreto Lei 9.055 de 12/03/1946 e instalada em 26/08/1946. O então Distrito de Dourados pertencente ao município de Ponta Porã foi criado em 1914 e sua emancipação política administrativa veio ocorrer somente em 20/12/1935, ficando portanto subordinada aquela Comarca por mais de 11 anos. Em 6 de janeiro de 1989 a Comarca foi elevada a entrância especial.

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