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Quarta-feira | 21 de Fevereiro de 2018
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FACADAS Sergio Longen (Fiems), Famassul e agora a OAB-MS manifestando contra o projeto do TJ-MS na Assembleia Legislativa prevendo aumentos de taxas diversas de serviços cartoriais. Em ano eleitoral é bom que os deputados se cuidem! O mesmo lembrete vale para a OAB que ‘curiosamente’ se calou sobre o tal auxílio moradia do Poder Judiciário. Como se diz na Espanha: “valientes, pero no muy”. Ah! Entendi.

DUAS VITÓRIAS do deputado Jr. Mochi (MDB). A FETEMS reconheceu o erro ao incluí-la na lista dos favoráveis a reforma da previdência. Ora! Ao presidente da Casa só o voto de minerva. E o STF, pela ministra Carmem Lúcia, referendou projeto do nosso deputado obrigando os planos de saúde a informarem o consumidor sobre os casos fora
de cobertura. A ADIN da ‘União Nacional das Instituições de autogestão em Saúde foi julgada improcedente.

WILSON MARTINS Após ex-prefeito Lúdio Coelho (PSDB) e o ex-governador Pedro Pedrossian ele foi mais um dos políticos veteranos que nos deixa com o currículo iniciado no Mato Grosso uno. Agora a família Martins tem no engenheiro agrônomo Celso Martins - na Delegacia do Ministério da Agricultura – o seu único membro no
contexto político.

PETISTAS Independentemente do que possa ocorrer com o futuro político do ex-presidente Lula, eles devem marchar unidos nas eleições estaduais. Aí pergunto: com quem ficarão num eventual 2º turno? Mais de 200 mil votos que terão peso na decisão. Aí as lideranças petistas serão cortejadas pelos outros candidatos daqui pra frente.

VEJAMOS: O deputado Zeca do PT tem boa interlocução com o Parque dos Poderes, mas não garantiria apoio total no 2º turno pelas restrições ao PSDB em nível nacional e a independência do eleitor petista que também leva em conta o fator ideológico. Se o outro finalista for o juiz Odilon (PDT), a tendência é que ele seja o receptor desse voto.

FRAQUEZA? Para um ex-deputado as recentes declarações de Puccinelli sinalizando que pretende concretizar um ‘acordão’ com Reinaldo e Odilon é demonstração de falta de confiança em seu potencial. Sob o ponto de vista psicológico – aos olhos do eleitor – a afirmação tem procedência, sinaliza temor e é reflexo do que mostram as pesquisas.

ANDRÉ X REINALDO Na capital a rixa é menos radical do que nas cidades onde há apenas 2 grupos: do prefeito e oposição. Lá a prioridade é o poder local. O eleitor é apaixonado, passional, focado nas eleições municipais Se o seu candidato a governador ficar fora do 2º turno, poderá votar em outro nome (3ª. via) para não fortalecer o grupo
local adversário no pleito de 2020.

SIDROLÂNDIA é só mais um caso. O ex-prefeito Daltro Fiuza (MDB), suplente de deputado estadual e o ex-prefeito e deputado estadual Enelvo Felini (PSDB) rivais históricos teria dificuldades de subir juntos num palanque. Sobre essa hipótese, Enelvo não me escondeu a realidade interiorana, menos pragmática do que na capital.

OS DEPUTADOS Mochi (MDB), Barbosinha (PSB) e Beto Pereira (PSDB) também tem autoridade para falar sobre o tema porque são do interior, onde vivem a realidade. Todos eles, cada qual com sua visão, admitiram dificuldades de palanque em suas cidades no caso de 2º turno sem a presença do ex-governador Puccinelli (MDB).

FORTALECIDO Contrariando as previsões, o deputado Barbozinha (PSB) passou com voto de louvor pela Secretária de Justiça. Repetiu a conduta que teve à frente da Sanesul como gestor. Senti o parlamentar afinado com o governador Reinaldo. Trata-se de um político interiorano com visão abrangente, muito bem preparado. Vai longe!

NO INTERIOR a identidade política conta muito. Lá o MDB tem representação forte em todas cidades. Mas é uma faca de dois gumes. Se o ex-governador André ficar fora do 2º turno, já se questiona: seus eleitores votariam no candidato do PSDB ou no candidato do PDT- por representar perigo menor para as eleições municipais?

TENDÊNCIA Depois das últimas pesquisas eleitorais com números próximos, sente-se na Assembleia Legislativa esse clima de cumplicidade entre os deputados da base que sustenta o Governo. Os deputados do PMDB temem ficar em desvantagem e cada qual sutilmente invoca um motivo para seu parecer favorável à união com o PSDB.

TESES não faltam. Fala-se por exemplo que o MDB poderia indicar o candidato a vice governador ( de Dourados) e dois postulantes ao Senado (André e Moka?) na chapa do governador Reinaldo. Mas o MDB poderá perder esse poder de barganha caso as novas pesquisas mostrem que André continua a perder pontos e o fôlego.

LIÇÕES: No Mato Grosso em 1994 - Dante de Oliveira (PDT) chegou ao governo graças a rejeição das bases eleitorais ao acordo entre Julio Campos e Carlos Bezerra, adversários notórios. Em Campo Grande (2012) Alcides Bernal (PP) venceu Edson Giroto (PR) imposto por Puccinelli (MDB) contra as pesquisas e a voz das ruas.

MEMÓRIA: Pedrossian, Marcelo Miranda, Puccinelli e Reinaldo vieram do interior, de onde trouxeram o estilo. Antes deles - José Fragelli – de Aquidauana – marcara presença no Mato Grosso uno. Wilson B. Martins – embora nascido em Rio Brilhante formatou-se politicamente na capital - cosmopolita para a época.

PAREDÃO? Observadores de plantão entendem que o quadro eleitoral mostrado nas pesquisas será revertido: abertas as baterias contra o candidato Odilon (PDT) viria odesgaste dele. Pelo sim – pelo não – é preciso cuidado sob pena de colocá-lo como vítima. Menos críticas e mais propostas. A vitimização tem muita força eleitoral.

VITIMIZAÇÃO Pode acabar dando o mote do discurso ao candidato agredido. O PT por exemplo – ataca nesta frente após a condenação do ex-presidente Lula. Mas nem sempre o resultado será igual: dependerá das circunstâncias e personagens envolvidos. Entendo uma opção perigosa, um ‘boomerang’ que pode voltar contra o agressor.

UMBERTO ECO: “A internet é um mundo selvagem, perigoso. A imensa quantidade de coisas que circula é pior que a falta de informação. O excesso de informação provoca amnésia. Informação demais faz mal. Quando não lembramos o que aprendemos ficamos parecidos com animais. Conhecer é cortar, é selecionar.”

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