Entrevista exclusiva: " Um estado com espírito jovem "
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Sexta-feira | 13 de Outubro de 2017    08h49

Entrevista exclusiva: " Um estado com espírito jovem "

Consultor, articulista e colunista do Diário do Estado, João Carlos Silva falou sobre os 40 anos de Mato Grosso do Sul, suas tendências e suas conquistas. Aos 54 anos ele acredita que o futuro do estado está nas mãos dos empreendedores e dos jovens que assolam o mercado de trabalho com a experiência dos mais velhos.

Fonte: Diário do Estado

DE: Você acreditava que o estado seria dividido um dia?

JCS: Não tínhamos outra alternativa. Era questão de tempo. Os divisionistas do sul eram determinados , arrojados e idealistas.  O norte nunca desejou a divisão. O então Senador Dr. Rachid Saldanha Derzi contava que o governador Garcia Neto " buzinava" no ouvido do Presidente Ernesto Geisel  na noite anterior da assinatura histórica dividindo os dois estados  para que ele não assinasse o termo. Se era verdade ou não acabou ficando a lenda. Geisel assinou nossa independência e comemoramos até hoje.

DE: As mudanças de governo causaram prejuízos para o início do novo estado?

JCS: Toda mudança brusca resulta em problemas.  Dr. Harry Amorim Costa era uma pessoa decente e bem intencionada.  Os grupos de oposição se uniram e o apearam do poder. A mesma coisa ocorreu com o seu sucessor . Marcelo Miranda foi retirado do cargo da noite para o dia. Pedrossian já tinha o mapa dos dois estados pois foi governador em 1966. Realizou grandes obras e colocou em prática grandes projetos na educação, segurança e viárias. Dr. Wilson realizou a organização do estado . Fez duas gestões de ajustes em todos os setores. O governador Zeca do PT alavancou o social e deu maioridade ao servidor público.  Seu número de votos para Câmara Federal explicam isso. Dr.  André foi o obreiro, que mexeu nas estruturas do estado abrindo frentes de desenvolvimento urbano . Reinaldo aos poucos vai deixando sua marca.  Tem dificuldades e dentro do orçamento que tem molda seu mandato. É bom lembrar também dos atrasos no pagamento de salários dos servidores e fornecedores enfrentados nos governos Pedrossian, Wilson e Marcelo. 

DE: Nossa economia avançou nesses 40 anos?

JCS: Somos referência em agronegócio.  O campo nos favorece na balança comercial.  Temos uma evolução na genética de gado nelore extraordinária.  Isso é visível através do trabalho brilhante  realizado pela Zamlutti Agropecuária que é nos dias de hoje nossa referência lá fora. Essa é só uma lembrança pois vários produtores já exercem essa tecnologia com sucesso. O empreendedorismo também alcançou números extraordinários através das ações do empresariado e do comércio.  São oportunidades que se seguem . A nossa referência no turismo precisa ser melhor trabalhada pelo poder público.  Lembro dos anos 70 quando o Diretor Proprietário do Diário do Estado Rubens Dantas de Souza, o criador da Noite da Seresta que ocorre em Campo Grande, idealizou na gestão do então prefeito Dr. Albino Coimbra Filho algumas ações inéditas para a época e que foram copiadas por outras gestões e que até hoje é sucesso. O passado fez a ponte para que o estado alcançasse o futuro com muita dinâmica.  São nomes que fazem a diferença até hoje. Faço uma lembrança aqui de uma ação do ano passado que mexeu com todo o comércio do estado. A FAEMS promoveu um festival de Natal com prêmios sensacionais da ordem de 1 milhão de reais! Isso é visão em logística e gestão em empreendedorismo.  Gerou renda e emprego no comércio movimentando o cenário de final de ano. Não é um estado de oportunidades?  

DE: A classe política entende isso?

JCS: A população faz com que entendam.  Próximas eleições o recado será muito objetivo como foi nessa do ano passado. A classe política precisa trabalhar em prol do estado e da sua população. A industrialização do estado é fundamental. Temos tudo para abrigar esse segmento.  Precisamos trabalhar melhor a carga tributária para atrativos eminentes aos empresários.  Campo Grande é um foco que necessita mudar de área de funcionalismo público para uma de livreciativa com aspectos industriais.  A saúde com  o avanço em tecnologia de ponta nos amplos consultórios e clínicas já é uma realidade. Arquitetura, direito e decoração são segmentos que estão em pleno vapor na capital influenciando assim cidades do interior. 

DE: 40 anos para daqui 40 anos?

JCS: Daqui não saio daqui ninguém me tira.

DE: Campos de fartura e horizonte de pleno azul?

JCS: Com absoluta certeza!

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