O advogado Alexandre França acusado de ter assassinado a ex-líder do PSL, Fernanda Daniele de Paula Ribeiro, que teve o corpo encontrado em um milharal no dia 29 de maio deste ano, próximo a Nova Andradina a 297 quilômetros de Campo Grande, teve a primeira audiência do caso nesta sexta-feira (17).
Mais de 10 testemunhas foram intimadas e participaram da audiência de forma presencial, segundo o site Nova News. Já Alexandre participou da audiência por videoconferência. A audiência aconteceu na cidade de Batayporã, precedida pelo juiz Aldrin de Oliveira Russi.
O caso
Fernanda foi encontrada degolada em um milharal no dia 29 de maio deste ano. O advogado teve um relacionamento com a vítima em setembro de 2019. Quando os policiais chegaram a casa, o advogado estava acompanhado pelo vice-presidente da 7ª Subseção OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Outros objetos também foram apreendidos e passarão por perícia. Também foi apreendido o veículo Ford Fusion pertencente ao investigado.
No sábado (1) de junho logo após o crime, o delegado Phelipe Davanso havia afirmado que nem motivação política ou o crime de feminicídio são descartados pela polícia. Segundo o delegado, o crime de latrocínio foi totalmente descartado pelas investigações até pelo fato de que alguns pertences pessoais de Fernanda foram encontrados ao lado do corpo, assim como o seu carro que estava na garagem da sua casa.
O advogado se tornou réu por homicídio triplamente qualificado e mais dois crimes após o Poder Judiciário acatar denúncia feita pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul.
No entendimento do MPMS (Ministério Público Estadual), o crime foi cometido com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele ainda teria ocultado o cadáver da namorada em um milharal, sendo que o corpo só foi encontrado na manhã seguinte. O advogado teria também alterado elementos com fim de induzir as autoridades a erro.