Manifestações são legítimas, mas confrontos e agressões não são, alerta Dom Dimas
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Sexta-feira | 03 de Setembro de 2021    15h10

Manifestações são legítimas, mas confrontos e agressões não são, alerta Dom Dimas

Fonte: Marcelo Nantes - Midiamax
Foto: Divulgação
Arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa

Os protestos esperados para o Dia da Independência em todo o Brasil estão despertando a preocupação de importantes instituições brasileiras, inclusive da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). No Mato Grosso do Sul, o arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, faz um apelo à paz neste 7 de Setembro. 

“Manifestações são legítimas, mas confrontos e agressões não são”, alerta Dom Dimas. O clérigo avalia que o atual momento político no País revela uma situação de impasse “em que todos e ninguém têm razão”, algo que pode afetar o valor da democracia. 

Ele demonstra desconforto com o rumo da polarização ideológica no Brasil, das interpretações do que seja liberdade de expressão e com “certo ativismo político” nos poderes da República. “Não sou jurista, mas tenho impressão de que várias situações vêm acontecendo. Estamos vivendo um tempo de muita turbulência em que ficou difícil prever qual será o desenlace de tudo isso, sobretudo, nas próximas eleições”.

O acirramento dos ânimos parece inevitável até mesmo dentro da igreja. Nesta semana, um sacerdote da capital convocou seguidores pelas redes sociais para uma carreata de protesto ao Supremo Tribunal Federal (STF), na terça (7). Porém, o religioso não acredita em divisões internas.

“Diria que aqui em Campo Grande existe uma comunhão entre os padres com a prudência necessária. Eles não estão misturando a questão política nas ações pastorais, mas claro que há exceções. Temos um ou outro de cada lado, mas isso não chega a provocar fissuras. Esta não é a regra na nossa região”, afirma.

Em meio a incertezas, Dom Dimas aponta um caminho. Ele reforça a mensagem de solidariedade que a igreja católica brasileira tem adotado nos últimos anos e lembra que a CNBB assinou, em 2020, o pacto pela vida e pelo Brasil. O arcebispo espera que aqueles que têm se colocado em posições diferentes prefiram lutar pela dignidade da vida e do País. 

“O que talvez falte é reconhecer que o lado oposto pode ter — e de fato terá — coisas boas a dizer e capacidade de realizar ações positivas em benefícios de todos”, acredita.

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