Apenas um funcionário dos Correios de Coxim tinha aderido à greve nacional da categoria até o fechamento desta edição. A agência continuava funcionando, mas como as principais centrais de distribuições no País estarão paradas criará um efeito cascata que chegará ao município. O comando de greve em Campo Grande confirmou ontem que o movimento é nacional e a maioria das cidades suspendeu o atendimento. Segundo a Federação Nacional da categoria a direção da empresa recusa qualquer negociação. O Governo Bolsonaro também sinaliza com a privatização e isso é mais um ingrediente que deverá pesar no movimento.
Em assembleias realizadas ontem os trabalhadores dos Correios decretaram greve nacional a partir da madrugada de terça-feira. Em todos os estados - e no distrito federal - as assembleias deliberaram pela paralisação. O Governo Bolsonaro também sinaliza com a privatização e isso é mais um ingrediente que deverá pesar no movimento. A assessoria de comunicação da empresa em Campo Grande ainda não tem os dados regionais, mas a tendência é de greve em todas as cidades sul-mato-grossenses.
Reajuste salarial – A direção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) oferece 0,80% de reajuste. Com uma inflação acumulada de 4% no período, os funcionários teriam uma perda de mais de 3% no poder aquisitivo do salário. Além do reajuste abaixo da inflação do período, a empresa quer reduzir o número de tickets alimentação, acabar com vale cultura, e retirar outras cláusulas sociais do acordo coletivo.
No Mato Grosso do Sul a greve foi aprovada na assembleia realizada na Capital. Segundo a presidente do SINTECT-MS, Elaine Regina Oliveira, a intransigência da direção da empresa não deixou outra alternativa pois o governo quer impor um arrocho salarial que – somadas às perdas das cláusulas sociais que a empresa quer promover – significa um “retrocesso brutal” na remuneração dos trabalhadores dos Correios, que já recebem o menor salário entre as estatais federais.