Petrobras pode perder R$ 15 bilhões com processo trabalhista
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Quarta-feira | 20 de Junho de 2018    08h32

Petrobras pode perder R$ 15 bilhões com processo trabalhista

Ação judicial foi aberta pelos funcionários da estatal e será julgada nesta quinta-feira no Tribunal Superior do Trabalho

Fonte: Veja
Foto: Divulgação/OGX/VEJA

A maior ação trabalhista da história da Petrobras será julgada amanhã no plenário Tribunal Superior do Trabalho (TST). Se a empresa perder, terá de desembolsar mais de 15 bilhões de reais e a folha de pagamento ainda aumentará em até 2 bilhões de reais por ano.
Aberto pelos trabalhadores, o processo pede recálculo de um acordo coletivo de 2007 que concedeu adicionais ao salário, como trabalho noturno, por sobreaviso e confinamento. Os extras têm sido pagos, mas milhares de empregados querem outra conta que, grosso modo, dobra os adicionais. A estatal classifica como “possível” perder a ação. 
A disputa entre Petrobras e os trabalhadores tem origem em um acordo coletivo firmado há mais de dez anos. Em 2007, a estatal e os empregados chegaram a um entendimento para reajuste salarial que previa, entre outros benefícios, a adoção de uma política para equalizar salários com uma remuneração mínima por cargo e região – é a chamada remuneração mínima por nível e regime (RMNR).
Com a nova regra, em alguns casos o salário mais que dobrou em relação à remuneração básica. Um exemplo são os petroleiros que atuam em plataformas no regime de 12 horas. O grupo passou a ganhar 30% mais por periculosidade, 26% extras por adicional noturno, 39% por hora de repouso, 30% por confinamento e 4% de um complemento negociado. Assim, o salário passou a ser 125% maior que o salário básico dos petroleiros.
No início da década, porém, alguns trabalhadores passaram a questionar a metodologia de cálculo dessa remuneração. Empresa e petroleiros citam que há cerca de 50 mil empregados da ativa e aposentados que questionam o tema em ações individuais e coletivas.
O principal argumento usado nos processos é que a redação do acordo coletivo dá a entender que a conta para a nova remuneração pode ignorar extras e adicionais que já estavam no salário – o que aumenta expressivamente o montante a ser recebido pelos trabalhadores. No processo, é citado o exemplo de um petroleiro que atua confinado em plataforma, cujo salário aumentaria de 21.750,09 reais para 31.029,02 reais pela nova conta, conforme valores de 2014.
O tema já foi debatido por duas comissões no TST. Uma deu vitória para a Petrobras e outra para os trabalhadores. Sem consenso, o processo subirá ao plenário que agendou o julgamento para quinta-feira.

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