Terreno no Damha, fazendas, apartamento avaliado em R$ 2 milhões, 10 mil dólares em dinheiro em casa, um casamento com direito a apresentação da cantora Preta Gil em Campo Grande. Esta era a vida da família de Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano, conseguia ter apesar de ter um salário de R$ 13 mil como fiscal de obras da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos).
Por conta disso, o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, acatou na quarta-feira (23) ação civil pública por improbidade administrativa contra o servidor, a filha Mariane Mariano de Oliveira Dornellas, a esposa Maria Helena Miranda de Oliveira e João Pedro Figueiró Dornellas, genro. Todos terão direito a se manifestar antes de uma possível condenação.
A denúncia foi apresentada em fevereiro deste ano pelo promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, titular da 30ª Promotoria do Patrimônio Público, que também pede indisponibilidade dos bens em até R$ 3.642.127,24 dos réus, perda da função pública, já que Beto ainda é servidor do governo do Estado, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil em três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de dez anos.