DE: Você tem a essência jovem do rádio em você e faz disso um trunfo nas emissoras que atua. É difícil fazer rádio em tempos de internet cada vez mais avançada?
JS: Ao contrário. O rádio contagia o ouvinte esteja ele onde estiver. Hoje você faz rádio com sua imagem em tempo real sendo transmitida pela internet. É um avanço. Nunca imaginávamos chegar no mundo que estamos. Fazer rádio hoje é manter e reunir informações em tempo real para o ouvinte. Ele tem que saber tudo o que ocorre ao seu redor. O rádio está presente nos lares, carros, celulares, computadores e onde mais conseguir habitar. O mundo moderno permite isso.
DE: Como é fazer rádio e estar sempre liderando o horário?
JS: Cansativo e gratificante. Você lida com informação. O ouvinte quer debater junto com você. Ele não quer perder o foco e quer estar junto do entrevistado e da notícia. É muito bacana isso. Te dá energia positiva e a audiência cresce muito. Sou feliz por ter á simpatia do ouvinte. Vejo que ele gosta do meu jeito descontraído de fazer rádio. Sou enérgico quando vejo que injustiças são cometidas com o poder público fazendo vistas grossas. Não aceito ver a população sofrendo pela má qualidade dos serviços prestados. O
rádio é a voz do povo das ruas. Nós somos esse instrumento e não podemos decepcionar.
DE: Você já entrevistou muitas personalidades nas emissoras por que passou. Entrevistar Lula foi o ápice da sua carreira?
JS: Olha, foi muito bom. Trabalhei essa entrevista no maior quieto junto da assessoria do ex-presidente. Não foi nada fácil. Usei meus contatos pessoais para trazer Lula ao programa e com a graça de Deus acabou dando certo. Foi recorde de audiência e acessos em todos os sentidos. Lula dispensou todos os protocolos e ficou cara a cara com as perguntas e respondeu todas elas. Alguns dias antes ele me ligou pessoalmente para dizer que responderia todas as perguntas que eu formulasse. Após o programa ele voltou a falar comigo para saber se tinha se saído bem e como foi a repercussão. A entrevista foi citada em diversos jornais brasileiros e do exterior, foi pauta dos principais articulistas políticos da imprensa nacional e até hoje faz sucesso. Lula tem um impressionante poder de comunicação. Isso o faz uma liderança de massa. Qualquer programa de entrevistas que vá ele vira audiência na certa.
DE: Depois de Lula qual será o próximo entrevistado de expressão nacional no seu programa?
JS: Bolsonaro quer ir no programa todo dia ( risos). Foi , gostou e quer voltar. Em janeiro começo junto com minha produção preparar a pauta para o processo eleitoral. Não posso dizer quem já está na ponta da linha para não ser " furado" pela concorrência. Lula volta ao programa ? Pode voltar tenho dito. A partir de fevereiro começamos um novo e exclusivo round de entrevistas. Um debate com candidatos também já está sendo formatado. O programa ocupa uma audiência extraordinária e essas entrevistas congestionam linhas de telefone e redes sociais. O ouvinte gosta disso. Ele se torna um ator invisível nas ondas do rádio. É saudável e estimulante.
DE: A televisão não te seduz?
JS: Já choveram convites! No momento estou muito focado em manter a qualidade do " Capital Meio Dia" levado ao ar de segunda a sexta de 12:00 até 13:00 horas na Capital FM 95. Se eu desviar o foco minha produtora me sacode!
DE: O rádio é o responsável pelo estágio que você alcançou nos dias atuais?
JS: Muito! Sem o rádio eu não seria o Joel Silva conhecido que sou . Foi no rádio que aprendi disciplina e organização. Através do rádio eu transmito confiança, verdade e esperança para o ouvinte esteja ele onde estiver. Joel Silva e o rádio são siameses. O poder da comunicação é infinito.