A CULTURA DO CUIDADO COMO PERCURSO DE PAZ
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Quinta-feira | 31 de Dezembro de 2020
A CULTURA DO CUIDADO COMO PERCURSO DE PAZ

Evangelho Lucas 2,16-21 Naquele tempo: 16Os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido, deitado na manjedoura. 17Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. 18E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. 19Quanto a Maria, guardava todos estes fatos e meditava sobre eles em seu coração. 20Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. 21Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido. Palavra da Salvação – Glória a Vós Senhor! – MENSAGEM - “O ano de 2020 ficou marcado pela grande crise sanitária da Covid-19, que se transformou num fenômeno plurissetorial e global, agravando fortemente outras crises inter-relacionadas como a climática, alimentar, econômica e migratória, e provocando grandes sofrimentos e incômodos. Penso, em primeiro lugar, naqueles que perderam um familiar ou uma pessoa querida, mas também em quem ficou sem trabalho. Lembro de modo especial os médicos, enfermeiras e enfermeiros, farmacêuticos, investigadores, voluntários, capelães e funcionários dos hospitais e centros de saúde, que se prodigalizaram – e continuam a fazê-lo – com grande fadiga e sacrifício, a ponto de alguns deles morrerem quando procuravam estar perto dos doentes a fim de aliviar os seus sofrimentos ou salvar-lhes a vida”. (Papa Francisco – 54° Dia Mundial da Paz) Nesse dia, celebramos várias comemorações: O 1º dia do ano; A Solenidade de Maria, Mãe de Deus; O “Dia Mundial da Paz”. Vamos refletir sobre essas motivações: Mais um ano, que começa... Inicialmente, desejo que o novo ano seja para todos nós, cheio de Paz e Prosperidade, com todas as bênçãos de Deus... Olhando o ANO que termina e o outro que inicia... notamos que muita coisa fizemos, muita coisa deixamos de fazer e muita coisa ainda resta por fazer... E esse momento nos leva a uma ATITUDE: de GRATIDÃO:  a DEUS... pelo dom da VIDA... pela sua GRAÇA... pela sua FORÇA..., às PESSOAS, que nos ajudaram em nossa caminhada..., de PERDÃO: pelas vezes que falhamos..., por pensamentos..., por palawas... por ações... e omissões..., de PRECE: Implorando a Bênção de Deus sobre o novo ano... Na 1ª Leitura, Moisés, em nome de Deus, a fonte de toda a Bênção, comunica a Aarão e seus filhos o ministério de abençoar: “Abençoareis os filhos de Israel assim: o Senhor te abençoe e te proteja! O Senhor volte seu rosto para ti e se compadeça de ti!. O Senhor dirija o seu olhar para ti e te conceda a Paz! Assim invocarão o meu nome, e eu os abençoarei...”  (Nm 6,22-27) É uma bênção litúrgica, que atualiza a Aliança e assegura proteção, benevolência e paz. Que sentido tem pedir a bênção? A bênção não é um ato mágico para resolver todos os nossos problemas. Quem a recebe terá as mesmas dificuldades que os outros homens. Entretanto, recebe a força necessária para enfrentá-las através da nova luz que procede da nossa fé. Pedir a BÊNCÃO: é uma maneira de reconhecer a nossa dependência de Deus em todos os dias do novo ano. Pedir a bênção de nossas CASAS, é desejar que o Cristo visite o nosso lar e permaneça sob nosso teto. Pedir a bênção aos CARROS, não supõe que possamos abusar no trânsito... A força da bênção não depende dos poderes do Sacerdote que a profere, mas do poder e da vontade de Deus... Também é o DIA MUNDIAL DA PAZ. A Igreja quer nos lembrar desde o primeiro dia do ano, que a paz anunciada pelos anjos em Belém, só é possível às pessoas de boa vontade, que se esforçam dia a dia para construir a Paz, paz que é antes de tudo obra de justiça e fruto do amor... PAZ no coração... na família... na vizinhança... na comunidade... no trabalho... A CULTURA DO CUIDADO COMO PERCURSO DE PAZ. Não há paz sem a cultura do cuidado. A cultura do cuidado, enquanto compromisso comum, solidário e participativo para proteger e promover a dignidade e o bem de todos, enquanto disposição a interessar-se, a prestar atenção, disposição à compaixão, à reconciliação e à cura, ao respeito mútuo e ao acolhimento recíproco, constitui uma via privilegiada para a construção da paz. “Em muitas partes do mundo, fazem falta percursos de paz que levem a cicatrizar as feridas, há necessidade de artesãos de paz prontos a gerar, com criatividade e ousadia, processos de cura e de um novo encontro”. Neste tempo, em que a barca da humanidade, sacudida pela tempestade da crise, avança com dificuldade à procura dum horizonte mais calmo e sereno, o leme da dignidade da pessoa humana e a “bússola” dos princípios sociais fundamentais podem consentir-nos de navegar com um rumo seguro e comum. Como cristãos, mantemos o olhar fixo na Virgem Maria, Estrela do Mar e Mãe da Esperança. Colaboremos, todos juntos, a fim de avançar para um novo horizonte de amor e paz, de fraternidade e solidariedade, de apoio mútuo e acolhimento recíproco. Não cedamos à tentação de nos desinteressarmos dos outros, especialmente dos mais frágeis, não nos habituemos a desviar o olhar, mas empenhemo-nos cada dia concretamente por «formar uma comunidade feita de irmãos que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros». (Vaticano, 8 de dezembro de 2020), O Evangelho nos apresenta Maria, recebendo feliz a visita dos pastores..., e meditando em seu coração tudo o que falavam do Messias... (Lc 2,16-21). A reação dos pastores é numa atitude de ação de graças e de testemunho, glorificando e louvando a Deus, por tudo o que tinham visto e ouvido. A atitude meditativa de Maria, que interioriza e aprofunda os acontecimentos, e a atitude “missionária” dos Pastores, que proclamam a ação salvadora de Deus, manifestada no nascimento de Jesus, são duas atitudes essenciais, que devem estar presentes na vida de todos nós. Na 2ª Leitura, Paulo lembra o Amor de Deus, que enviou o seu Filho ao encontro dos homens para os libertar da escravidão da Lei e para os tornar seus “filhos”. Nesta situação, podemos chamar a Deus de “Abbá” (papai)... E nós, que planos temos para esse novo ano de 2021? Que tal... COMEÇARMOS O ANO... Com um OLHAR novo sobre nossa casa, nossa cidade, nosso trabalho, que a rotina já cansou e desgastou... Com um AMOR novo: com o pai..., a esposa..., os filhos..., o vizinho..., que talvez no dia a dia acabou esfriando..., com um CORAÇÃO novo, dispostos a descobrirmos em tudo e em todos, o rosto e as mãos de um Cristo intensamente presente em nossa vida... E, a exemplo de MARIA, Mãe de Deus e Rainha da Paz, SEMEAR PAZ, ao redor de nós, para que esse novo ano seja mais humano, mais fraterno e mais cristão?... É O QUE DEVEMOS DESEJAR A TODOS NÓS!... 

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