Rico insensato
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Sexta-feira | 02 de Agosto de 2019
Rico insensato

PALAVRA - Lucas 12:13-21
13E disse-lhe um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança.
14Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?
15E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. 16E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; 17E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos. 18E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; 19E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. 20Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? 21Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus. 
MENSAGEM - Todos nós desejamos segurança, felicidade... Mas onde a podemos encontrar?  Muitos a procuram nas COISAS, nos bens terrenos e, para isso, se dedicam febrilmente em empreendimentos grandiosos e lucrativos. Às vezes basta a simples visita de um ladrão, um fracasso nos negócios, o desemprego, uma doença... e lá se vai o que acumularam... Outros buscam segurança e felicidade nas PESSOAS, e quantas vezes acabam depois profundamente decepcionados..., Percebem que, o que este mundo oferece, não é suficiente para estancar a sede de felicidade. Só Deus pode nos tornar plenamente felizes..., As Leituras bíblicas aprofundam essa Verdade: Não devemos colocar a nossa segurança em coisas passageiras; Pelo contrário, descobrir e a amar outros bens, que dão verdadeiro sentido à nossa existência e nos garantem a vida em plenitude. A 1a Leitura lembra a situação insuportável do povo de Deus pela ganância dos poderosos de então. Isso levou o autor sagrado a afirmar: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”. (Ecle 1,2; 2,21-23) Essa afirmação é atribuída a Salomão que, apesar de ser um rei sumamente sábio, rico e poderoso, lembrava que as coisas terrenas são passageiras, uma “bolha” de sabão e convidava ao desapego delas. Na 2a Leitura, Paulo afirma que ser batizado é identificar-se com Cristo. Portanto renunciar ao egoísmo, ambição, injustiça, orgulho, morte..., e escolher uma vida de doação, de entrega, de serviço, de amor... Esse comportamento novo inclui uma maneira diferente de encarar a riqueza.  “Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto e não às da terra.” (Cl 3, 1-5.9-11) No Evangelho, Cristo denuncia a cobiça e a preocupação exagerada pelos bens terrenos... (Lc 12,13-21) Um desconhecido pede a Jesus para resolver um problema de herança. Jesus se recusa, porque é difícil fazer justiça quando existe cobiça, ganância... E adverte: “Tomai cuidado contra todo tipo de GANÂNCIA..., a vida de um homem não consiste na abundância de bens...” Para ilustrar essa verdade, conta a Parábola do RICO INSENSATO, que construiu grandes celeiros para armazenar a colheita abundante, pensando assim ter segurança para viver tranquilamente. Pura ilusão: Naquela mesma noite veio a morrer..., e se apresentou de mãos vazias diante de Deus..., E Jesus conclui: “Assim acontece com quem guarda tesouros para si e não é rico diante de Deus.” O pecado foi “acumular apenas para si”. Não agradeceu a Deus, nem partilhou com os irmãos. É uma catequese de Jesus sobre os bens materiais. O dinheiro não é a fonte da verdadeira vida. A cobiça dos bens (o desejo insaciável de ter) não conduz à vida plena, não responde às aspirações mais profundas do homem. A ganância pelos bens terrenos é a causa de muitos males... Quantas brigas e divisões em família... na divisão da herança! Quantas lutas... para vencer o concorrente... e ter mais! Quantas fraudes, injustiças e corrupção... no desejo insaciável de bens! Quantas discriminações: porque as pessoas valem pelo que têm! Pura ilusão: A fonte da vida está só em Deus... E a morte nos convence dessa dura realidade... Esta parábola não se destina apenas àqueles que têm muitos bens; mas destina-se a todos aqueles que (tendo muito ou pouco) vivem obcecados com os bens, orientam a sua vida no sentido do “ter” e fazem dos bens materiais os deuses, que condicionam a sua vida e o seu agir. A Palavra de Deus nos questiona. O ensinamento de Jesus toca em cheio os cristãos encantados com o capitalismo neoliberal e sua apologia do lucro e do acúmulo de bens. Ficam anestesiados diante das necessidades dos irmãos. Cristãos vivendo na riqueza, enquanto muitos irmãos na fé vivem na indigência, sem experimentarem a solidariedade dos seus irmãos e irmãs na fé abastados. Hoje em dia é muito comum pôr tudo no seguro... Há seguro de vida para carros, roubos, incêndios, acidentes pessoais... A nossa vida, que continua na eternidade, também deve ser assegurada. Mas a vida eterna não pode ser assegurada com as riquezas desse mundo... e sim com os tesouros reconhecidos por Deus. O dinheiro nos dá a falsa sensação de segurança. O único fundamento seguro de nossa existência é Deus... E, nele, o próprio dinheiro adquire outro sentido: Não será mais instrumento de SEPARAÇÃO entre os homens, mas sim de COMUNHÃO, um sinal de amor... Onde estamos depositando a nossa segurança e construindo a nossa felicidade? Não nos esqueçamos: nosso coração foi feito por Deus, e apenas em Deus encontrará a verdadeira e plena felicidade... Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 04.08.2019
NOTÍCIAS DIOCESANAS
Dias 02 a 04 agosto : Encontro Diocesano de Catequese (Emaús).
Dia 04 de agosto: Crismas em Pedro Gomes e Festa do Padroeiro no Paraíso das Águas.
Dia 05 de agosto: As Irmãs “Humildes servas da Rainha do amor” iniciam presença em Costa Rica.

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