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Quarta-feira | 08 de Novembro de 2017
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ESSE PAÍS... Na infância plantei café, colhi algodão, engraxei sapatos, vendi frutas e velas em cemitério. Experiências positivas. Lendo a notícia de que autoridades foram aos cemitérios da capital para autuar garotos que trabalhavam na limpeza de túmulos no Dia de Finados questiono: em plena crise, é melhor eles labutarem honestamente sem coação num ambiente sadio ou partirem para o mundo do crime? Brincadeira; sobram leis, falta sensibilidade!


DESASTRE Faltam melhor divulgação e estratégia a campanha do cadastramento biométrico do TRE na capital. Até agora o número de eleitores que compareceram é pequeno. Além da burocracia que toma tempo dos interessados, ela está restrita a poucos postos de atendimento, quando o correto seria ir ao encontro dos eleitores. O uso da carreta do TJMS em pontos estratégicos dos bairros seria uma boa alternativa. Neste ritmo muita gente vai ficar sem votar em 2018.

REPETINDO: “Pesquisa eleitoral é igual biquíni – mostra o principal - mas esconde o essencial. Sem questionar a metodologia e aspectos envolvendo a pesquisa do IPEMS divulgada há pouco, fica a impressão de que o ex-governador André Puccinelli (PMDB) caminha para reeditar a performance do ex-governador Pedrossian no pleito de 1998.

1-FADIGA Quase 20 anos se passaram após aquela desastrosa campanha ‘pedrista’. O país é outro: internet, celular, sites independentes, escândalos, prisões, economia em recessão e a disputa acirrada no mercado de trabalho. O cenário é bem mais complexo. Os currais eleitorais diminuíram e aumentou o contingente de exigentes e esclarecidos.

2-FADIGA Em 2012, sem estrutura e lideranças de peso, o candidato Alcides Bernal (PP) goleou o candidato Edson Giroto (PR) e 15 partidos ( 250 candidatos a vereador), apesar do apoio do ex-governador André, ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e outras lideranças de peso. O recado direto: o povo não aceitou mais aquele modelo impositivo. Pena - o vitorioso era pífio.

MEMÓRIA Em 2014 o candidato Delcídio do Amaral (ex-PT) era o favorito para o Governo do Estado - já no 1º turno. Seu adversário Reinaldo Azambuja (PSDB) partiu com força e depredou a sua imagem – antes intocável - imputando-lhe envolvimento em corrupção. Nem o apoio do Planalto e de André reverteram o desastre nas urnas.

A PERGUNTA que repito: os vereadores e prefeitos do interior tem prestígio bastante para reverter os efeitos negativos do que rola nas redes sociais contra os políticos? Na conversa com eles (interioranos) sinto dúvidas no desafio de transferir seus votos para o candidato ao Governo. Quantos prefeitos vão bem? Já o vereadores, desgastados pelo salário, verbas indenizatórias e mordomias. O povo é malandro - mas enxerga!

CELULAR Quem não tem um? Só se for muito pobre, velho ou ignorante demais. Pouco a pouco todos vão aprendendo a manuseá-lo e acabam vendo as mensagens, notícias, charges e filmetes de toda espécie. Cada um tem potencial técnico para se transformar em repórter, flagrando fatos com consequências políticas danosas.

‘OUTSIDERS’ são os estranhos, ‘ aqueles que não se enquadram na sociedade, vivem às margens das convenções sociais e tem seu próprio estilo de vida com suas crenças e valores”. Na França elegeram o novato Emmanuel Macron e nos ‘States’ Donald Trump. Esses estranhos, pela última pesquisa do Ibope chegam a 56% e são aqueles integrantes da parcela de indecisos , do voto em branco e do voto nulo.

‘CASCATA’ Esse tipo de efeito das eleições presidenciais para as estaduais – pelas informações e cenário de insatisfação – tende a ocorrer em 2018. Se 56% dos eleitores não querem Lula e nem Bolsonaro, é sinal de que eles não querem gente de partidos tradicionais e que respondem a investigações ou processos por corrupção. A biografia manchada dificilmente será tolerada.

CASOS LOCAIS O deputado federal Zeca do PT está inelegível pela condenação no Tribunal de Justiça (MS) no caso ‘ Farra da Publicidade’. O ex-governador André com os bens bloqueados em processo ( ‘Lama Asfáltica’) na 3ª. Vara Federal desta capital. O ex-prefeito Nelson Trad Filho (PTB) e o deputado federal Luiz H. Mandetta (DEM) respondem a processo no caso Giza. O deputado estadual João Grandão (PT) condenado a 11 anos e 10 meses de prisão no TRF-1 no caso ‘Sanguessuga’. Deputado Vander Loubet (PT) responde a vários processos no STF por corrupção.

O CLIMA nas ruas é de repulsa. Fruto da corrupção sistêmica das lideranças e partidos tradicionais desfrutando do poder. Sinto isso nas filas do dia a dia na capital, onde não encontro os políticos. Como eu digo: eleitos, os políticos são tomados por um ‘incrível sentimento de pressa’ na relação com o eleitor. Temem cobranças de desempenho ou uma ‘mordida’.

DÚVIDAS Como ficará o cenário político? Quem serão os grandes beneficiados politicamente com a perda do ex-prefeito de Corumbá - Ruiter de Oliveira Lima que era do PSDB? Quem seria seu herdeiro político no seu grupo ou partido? Qual será a postura política do novo prefeito Marcelo Yunes (PTB) e como serão suas relações políticas com o Governo Estadual?

MANOBRA Para tentar escapar da Lava Jato muitos políticos investigados pela Polícia Federal, inclusive aqui, já optam por candidatura mais segura, trocando o Governo e o Senado por vaga na Câmara Federal. É a busca do foro privilegiado no STF, o paraíso da impunidade, onde demorou mais de 100 anos para um político ser condenado.

EXPLICO: Se o juiz federal Sérgio Moro demora em média, apenas uma semana para aceitar uma denúncia do stério Público Federal, o glorioso STF precisa de 581 dias. Enquanto a tramitação penal no foro federal do Paraná leva apenas alguns meses, no STF a média é de 1377 dias, ou seja quase 4 anos. Convenhamos, muita diferença!

COMPARAÇÃO: O juiz Moro condenou o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB) a mais de 15 anos de prisão depois de apenas 5meses de sua prisão.. Já o senador Fernando C. de Mello (PRN), citado na Lava Jato em 2014, leva vantagem no STF onde corre seu processo; só no último mês de agosto ele se tornou réu. Vai empurrar com a barriga e o crime prescreverá se tiver mandato protetor.

DUAS OÕES na mídia nacional. A primeira é do Secretário José Carlos Barboza (Sejusp) dizendo que o Governo Federal tem sido omisso e irresponsável no combate ao narcotráfico nas fronteiras do nosso Estado. A segunda - do ex-Juiz Federal Odilon de Oliveira advertindo de que sem medidas efetivas o narcotráfico estará incontrolável em poucos anos. Falta presença efetiva da Polícia Federal na fronteira e mais homens e estrutura na PRF. E quanto mesmo o Brasil gastou com as Olimpíadas, Copa e ajuda ao Haiti. Inverteram as prioridades.

A PROPÓSITO Tem sim razões de sobra o governador Reinaldo (PSDB) quando pede ao Governo Federal atenção especial ao nosso Estado no item segurança. Indiretamente - lembra o governador - o Mato Grosso do Sul acaba assumindo a gestão de responsabilidade da União e nem por isso é recompensado financeiramente por isso. Um absurdo.

UTOPIA Cem anos após a Revolução Comunista na Rússia não se tem notícia de outra matança igual. Mais de 100 milhões de pessoas mortas pela fome e execuções sumárias. Nem nas duas Guerras Mundiais a matança foi tamanha. Pena que essa página ficou escondida por muito tempo da oão pública. Mas os nossos comunistas estão por aí, vendendo ilusões aos idiotas e ingênuos.

APLICATIVOS Qual a força política dos taxistas para merecerem tamanha proteção política? Seriam eles eficientes cabos eleitorais? E os familiares dos motoristas dos chamados aplicativos, não merecem a mesma atenção nestes tempos de crise? O Brasil vai ficar na contramão como quer o PT? Basta de nichos de privilegiados. Vale a concorrência em benefício da população. O mundo mudou! Parabéns ao senador Pedro Chaves.

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